Por dentro do Banco Central



A ata da última reunião pelo Copom é dúbia demais e isso é bem perigoso pois não coordena as expectativas de inflação dos agentes econômicos,o fato pode elevar as estimativas para o IPCA que parece o BC está brincando com fogo, diz professor da PUC-RJ e economista da Opus Gestão de Recursos, José Márcio Camargo, a ata deixa em aberto qual será a decisão que o Comitê de Política Monetária do Banco Central ira adotar na primeira reunião do ano de 2011 que será presidida pela primeira vez por Alexandre Tombini, a avaliação de Camargo e a ata emitiu sinais que vão em direções opostas e inclusive no mesmo parágrafo, o texto ressalta uma manifestação feita pelo presidente do Banco Central Henrique Meirelles que segundo as ações macro prudenciais não são substitutos perfeitos de medidas clássicas e de política monetária como a gestão da taxa de juros, Camargo destacou-se a última linha do mesmo parágrafo na qual consta que o Copom entende que ira a depender das circunstâncias e ações macro prudenciais que podem proceder medidas convencionais de política monetária que as circunstâncias das quais as medidas do BC estaria se referindo, o professor de um lado do BC deixa claro que o balanço de riscos para o cumprimento da meta de inflação no ano de 2011 piorou nos últimos três meses e por outro lado ressalta que ainda não acabaram os efeitos sobre o nível da atividade pelo movimento de alta dos juros realizado neste ano que elevou a Selic de 8,75% ao ano para 9,50% e em abril que foi encerrado em julho quando chegou a 10,75%,e se a ata destaca uma expressão que se tornou costumeira sobre este documento que é o descompasso entre a oferta e a demanda mas também faz um contraponto com o aumento da eficácia da política monetária, parágrafo 22 o texto cita que o juro real do equilíbrio é igual ou menor que 6,5% ao ano para 49% dos analistas que responderam que a consulta do BC sobre o tema, uma chance muito boa de tantos sinais dúbios crie dúvidas nos agentes econômicos sobre se o Copom buscará o cumprimento sobre a meta de 4,5% no ano de 2011 ou vai tolerar um número bem maior, e se isso de fato ocorrer é possível que o Banco Central precisará reagir com mais rigor na alta dos juros para voltar a coordenar ,Camargo destaca ainda que antes da reunião do Copom na semana passada que ele esperava o próximo ciclo de alta dos juros e seria concluído no próximo ano e que deveria requerer um incremento total da Selic de 1,5 ponto porcentual, essas manifestações podem levar o BC a ter que elevar os juros mais do que o esperado e talvez um aumento de pelo menos dois pontos porcentuais.