Releação entre Internet e Infertilidade



Com tantas possibilidades de aumentar o circulo social pela internet, ela se tornou uma chave para novos relacionamentos, íntimos, ou não. Na rede os indivíduos são anônimos, não importa o que realmente ele é, só importa o que ele diz que é. Então pode ser menos tímido, livre, despojado, mais forte, poderoso, rico, você pode ser tudo aquilo que deseja e não pode na realidade. O que as pessoas buscam num relacionamento “intimo” virtual? Estão à procura de romances, fantasias, ilusões, anonimato, namoro, aceitação, ausência de censura, partilha de sentimentos? A internet é um mundo de facilidades, não há compromisso com a realidade cotidiana, ela dá vida aos desejos reprimidos. Relacionar-se “intimamente” com alguém pela internet traz possibilidades nunca antes vividas dentro de casa. É uma saída rápida para cônjuges frustrados para expressarem desejos e fantasias protegidos pelo anonimato e pela distância por isso se sentem mais corajosas, desinibidas e artificialmente seguras. Às vezes o dialogo do casal se tornou monótono e pobre, então eles vão se distanciando e perdendo a essência da intimidade. Na internet com uma pessoa que se interessa por ele/ela traz de volta o prazer pelo compartilhar sensibilidade, temores e alegrias o que o faz se sentir mais importante diante dos olhos do outro novamente. Depois ou mesmo antes de o dialogo enfraquecer a paixão também diminui, a adrenalina, a vida sexual, a aventura, os desejos pelo par e então vai em busca disso que esta faltando muitas vezes na internet. E às vezes a intimidade, o grude na verdade, é tanta que acaba sufocando, são os casais que acabam sendo um, e não “nós”. Acaba a individualidade de cada um e assim ambos ou um deles sente-se oprimido, apagado, sufocado, sem privacidade e então na internet, algo tão próximo e fácil, consegue alguém que seja um pouco diferente dele e que compartilhe informações diferentes achando as dele importantes também. A pessoa então se sente mais livre, mais independente, sente que volta a viver a sua vida privada. O encontro virtual é mesmo um tipo de infidelidade? Muitos consideram que a infidelidade é só quando ela ocorre de fato, com sexo real, e não somente pela interação virtual. Outros consideram que se não houver paixão também não é traição. Mas alguns acham que desejar, no pensamento, sexualmente o outro que não o parceiro/a é traição. E ainda tem os que pensam que o investimento de energia, tempo, fantasias, romantismo mesmo que só pela internet é traição. Isso vai depender do conceito individual. Para não faltar nada no casamento, e para que não seja preciso procurar nada fora dele, é preciso que se invista nele, pois casamento é uma construção de sentimentos, conhecimentos, diferenças, igualdades, compartilhamento, intimidade, individualidade, amor e não vem com manual de instrução justamente por não ser algo pronto. “A maioria das pessoas se casam acreditando em um mito, de que o casamento é uma linda caixa cheia das coisas que elas esperaram a vida inteira: companheirismo, satisfação sexual, intimidade e amizade. A verdade é que o casamento, no começo, é uma caixa vazia. Você deve colocar algumas coisas dentro dela, antes que possa tirar. Não há amor no casamento, o amor está nas pessoas e as pessoas colocam o amor no casamento. Um casal deve aprender a arte e formar o hábito de dar, amar e servir – manter a caixa cheia. Se você tirar mais do que puser, a caixa se esvaziará.” (J. Allen Petersen)