Consagrado pela sabedoria popular, o poder terapêutico das plantas já é reconhecido por muitos médicos. Agora, a população dispõe de uma orientação oficial da ANVISA, que regulamentou a produção e a comercialização dos fitoterápicos e drogas vegetais. O Brasil é o país com a maior diversidade vegetal do mundo. São mais de 55 mil espécies de plantas catalogadas. Toda essa variedade está distribuída em grandes biomas como Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica entre outros. Devido a facilidade de acesso, muitas plantas têm sido utilizadas como medicamentos pela população e apresentam grande potencial fitoterapêutico. As plantas foram os primeiros medicamentos utilizados pelo homem. É uma prática milenar difundida em todo o mundo. Até a metade do século XIX, os medicamentos eram formulados basicamente a partir de plantas. Nos últimos 15 anos, as plantas medicinais têm desfrutado de um crescente reconhecimento de suas potencialidades. ‘’A dificuldade de acesso e o alto custo dos medicamentos sintéticos, o grande interesse pela medicina preventiva e até mesmo fatores culturais, incentivam esse crescimento." Dessa forma, a indústria farmacêutica investe milhões de dólares na busca de novos princípios ativos com maior eficácia e menores riscos, a fim de conquistar o mercado cada vez mais competitivo. A intensa difusão do consumo de plantas medicinais, aliada ao grande interesse da indústria farmacêutica, contribuiu para a criação de regulamentações sobre a produção, venda e consumo desses produtos. Responsável por estabelecer normas, propor, acompanhar e executar políticas, diretrizes e ações de vigilância sanitária, a ANVISA publicourecetemente a produção e consumo de drogas vegetais, foi apresentado uma lista de mais de 60 drogas vegetais e a forma correta de preparo das mesmas, constando também o nome científico e popular de cada uma das plantas, toda descrição da parte utilizada, a forma de utilizar, indicação e contra-indicação e possíveis efeitos adversos.Sendo o seu objetivo aumentar o conhecimento sobre as plantas, aumentando o consumo das mesmas e garantindo a segurança do consumidor uma vez que as empresas deverá notificar a ANVISA sobre a produção e comercialização das mesmas que serão submetidas a testes de qualidade e identidade. Plantas divulgadas pela ANVISA: Mil-folhas, macela-do-campo, castanha-da-índia, mentrasto, alho, cajueiro, bardana, arnica, carqueja, picão, calêndula, pau-ferro, erva-de-bugre, canela, laranja amarga, erva baleeira, curcuma, capim-limão, alcachofra, chapéu-de-couro, cavalinha, mulungu, eucalipto, pitangueira, alcaçuz, hamamélis, garra-do-diabo, anisestrelado, chambá, erva- cidreira, alecrim-pimenta, malva, camomila, espinheira-santa, hortelã-pimenta, poejo, guaco, melão-de-são-caetano, maracujá azedo, maracujá, guaraná, boldo-do-chile, quebra-pedra, erva-doce, tanchagem, boldo-africano, polígala, erva-de-bicho, goiabeira, romã, cáscarasagrada, alecrim, salgueiro, sálvia, sabugueiro, aroeira-da-praia, sene, jurubeba, barbatimão, dente-de-leão, unha-de-gato, boldo-baiano, assa-peixe e gengibre. Vale lembrar que tanto as drogas vegetais como os medicamentos fitoterápicos devem ser administrado como os mesmos cuidados. Tenha cuidados especiais com idosos, crianças e gestantes, busque informações com um bom profissional, consuma produtos de qualidade e uma boa procedência, e tendo qualquer reação desagradável avise seu médico imediatamente.
