
A busca pela compreensão do texto pode explicar a alta incidência de explicações de termos e/ou idéias em textos voltados a popularizar a ciência, visando à sociedade mais ampla. A popularização da ciência pode ser definida como o processo de reformulação do discurso científico para os meios de comunicação em massa no sentido abranger sua leitura para as classes populares devendo promover reflexões sobre a forma de popularização da ciência sobre a forma como o discurso de popularização da ciência é formulado em textos científicos voltados à audiência não-especializada, focando as condições de produção, distribuição e consumo de textos na sociedade para tentar compreender o papel da linguagem em gêneros voltados à popularização científica e as relações interpessoais entre os participantes da interação. O discurso de popularização da ciência tem despertado interesse em diversas áreas de conhecimento. Esse interesse crescente pode ser atribuído a sua função: processar a prática científica perante a sociedade mais ampla, sendo um mecanismo social de democratização dos saberes científicos. Esse processo pode ser atribuído ao fato da popularização da ciência ter como caráter fundamental: permitir “a proximidade do povo com o discurso da ciência, revelando o seu caráter histórico e humano, a sua proximidade com o senso comum sem o qual perderia todo o sentido”. Segundo, porque pode enfrentar o grande desafio de “popularizar a ignorância”, isto é, revelar o que ignoramos e as incertezas do conhecimento que produzimos. Tanto o conhecimento público quanto o debate democrático da ciência passam a ser, portanto, fundamentais para que possamos entender melhor a forma como a ciência interfere em nossa vida, suas implicações e aplicabilidades efetivas. A circulação da ciência na sociedade por meio de objetos midiáticos, tais como, por exemplo, jornais, revistas e programas televisivos, podem nos ajudar a entender princípios e dogmas científicos.