TEMPO E TRABALHO


Estamos no início do século 21, mas nosso dia continua a ter 24 horas, sendo que cerca de 6 horas são destinadas ao nosso sono. A sociedade mudou completamente nesta última década: com o avanço tecnológico nossas profissões foram criadas e requisitadas, aumentou-se a carga horária de responsabilidade e o preço das mercadorias básicas cresceu bastante, sendo assim também aumentou a busca pelo emprego e por salários maiores. Uma nova questão que está sendo discutida em todos os cantos do mundo é como relacionar todos esses fatores no cotidiano: tempo, trabalho, família, sono e vida e realmente pode ser muito mais difícil do que possamos imaginar.

Nosso tempo é muito curto e não podemos desperdiçá-lo. É como a morte, em “Tesouros da Juventude”, de Lidia Rosenberg, faz uma passagem muito bonita que podemos relacioná-la ao nosso tema: “Morte. Ninguém tem chance de olhar pra dentro e escolher se concorda ou não com ela, mesmo que a pessoa não tenha vivido tudo que tinha que viver, mesmo que não tenha amado todo mundo que deveria amar, nesta hora não adiantará dizer que não fez tudo que desejava fazer, pois se é chegada à hora não há como se adiar“. A relação que podemos fazer entre o tempo e a morte é que o primeiro leva em direção ao segundo e que ambos não deixam que a pessoa escolha dar o play ou o pause.

Trabalhamos cerca de 8 a 10 horas por dia, somando cerca de 44 horas semanais, sem contar os extras. Se pararmos para observar, gastamos quase metade de nosso dia no serviço, seguindo a premissa, podemos dizer que passamos mais da metade de nossa vida trabalhando com o objetivo de crescer, de nos desenvolvermos e de, principalmente, condicionarmos uma boa vida aos nossos descendentes.

Estamos certos ao pensarmos no futuro, que está cada vez mais difícil, porém não podemos nos esquecer de viver o presente; é como diz naquela frase: “O ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dádiva divina, por isso é chamado de Presente”, um presente diário de 86.400 segundos que jamais retornarão, pois não são acumulativos.

Vivamos o hoje, pois se o amanhã não chegar não teremos remorsos de termos deixado alguma coisa pendente. Abracemos aqueles que amamos e digamos o quanto nos são raros e importantes, pois podemos nunca mais vê-los.

Uma última dica: Trabalhe para viver e não viva apenas para trabalhar!