Pesadelos oque pode causar


O Pesadelo é um sonho penoso com sensação de opressão torácica, terminando por um despertar sobressaltado ou agitado e com ansiedade. É uma perturbação qualitativa do sono, parassônia, na maior parte das vezes de origem psicoafetiva, embora não seja de excluir a sua etiologia que vem pela palavra nightmare, que em língua inglesa significa pesadelo. O pesadelo apenas se concretiza no espaço vago deixado pela ausência de prazer e realização pessoal, sendo que o resultado será a tirania de imagens ou vivências dolorosas. O pesadelo ocorre numa personalidade onde a fonte diária de prazer não depende de sua vontade ou controle, sendo o terror noturno a conseqüência lógica de tal mecanismo. A ansiedade e expectativa por determinadas experiências gratificantes são transformadas em angústia e decepção através dos sonhos.
Quase um terço das crianças na faixa etária dos cinco anos têm pesadelos. Os números aumentam junto com a faixa etária, aos 10 anos, quase metade das crianças têm ou já tiveram pesadelos. Entretanto, nesta idade, é raro que os pesadelos se repitam mais de uma vez por semana, só 5% dos casos são assim.
No período da adolescência e nos adultos, pesadelos esporádicos acontecem com quase todos os indivíduos. Pesquisas de opinião pública evidenciam que a partir dos 20 anos, 58% das mulheres e 37% dos homens já tiveram pesadelos. Na fase adulta esse percentual sobe para 80% dos indivíduos e ele ocorre em função do estresse, correria, noites mal dormidas. Pesadelos freqüentes, por outro lado, são observados em cerca de 10% dos adultos e, quando ocorrem, se prolongam por em média 12 anos. Os pesadelos podem ser considerados como lembranças de sonhos desagradáveis que são acompanhados pelo despertar do indivíduo. As pessoas que têm pesadelos normalmente relatam sensações de medo, opressão, incapacidade, ansiedade e sentimento de ameaça constante. As pessoas se lembram dos pesadelos quando despertam e às vezes as lembranças permanecem pela manhã. Dificilmente ocorrem gritos ou berros durante o pesadelo e normalmente ele finaliza a parassônia.
Nas polissonografias é possível se notar que o pesadelo se inicia nos primeiros dez minutos do estágio REM. Há aumento da densidade REM ao eletrooculograma, e incremento da variabilidade da freqüência cardíaca, além da freqüência respiratória acima do esperado para este estágio. Raramente são registrados taquicardia e taquipnéia. No despertar dos pesadelos há um aumento significativo da freqüência cardíaca e freqüência respiratória. É importante diferenciarmos pesadelo e terror noturno. A descarga autonômica é discreta no pesadelo e muito intensa no terror noturno, ao despertar do pesadelo, lembra-se do sonho com ansiedade já no terror noturno há confusão mental, e não se lembra do sonho.