Um pequeno gesto, o colorido de um momento, uma lágrima em meio a um sorriso, a felicidade nada mais é do que um sorriso em troca de um sorvete, um abraço ou um beijo. As crianças são sábias quando conceituam, com uma simplicidade invejável, o que é a felicidade. No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos, em uma partida de futebol com os amigos ou em uma refeição cheia de comidas gostosas. A Felicidade pode ser expressada de varias maneiras por que ela não é apenas uma sensação eterna ou um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer. Estar feliz ou triste é um ir e vir apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam, como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projetos. Para muitos, a felicidade consiste em adquirir bens materiais, ter um trabalho bem-remunerado e ser reconhecido por seus talentos, possuir uma família harmoniosa e gozar de boa saúde. A pessoa acredita que, se conquistar tudo isso, é o suficiente para encontrar a felicidade. Outro paradoxo são as pessoas que sempre querem ganhar muito dinheiro, acreditando que com isso alcançará a felicidade. No entanto, ser rico não quer dizer ser feliz. Qual é o papel do dinheiro na vida das pessoas no âmbito de qualquer sociedade, as pessoas ricas são vistas como mais felizes do que as pessoas pobres. Mas temos observado que ao longo desses últimos anos a renda de muitas pessoas tem crescido, mas a felicidade não tem acompanhado esse crescimento.
É compreender que dentro de nós próprios, no profundo há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que nos indique o caminho. Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contacto com o nosso espaço interior e com a nossa essência. Observar os incômodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios. Aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida.