AUTOMEDICAÇÃO


Quem nesta vida, não sentiu algum tipo de dor, seja ela qual for, e não tomou algum remédio por conta própria. Isto é automedicação. É a pratica de ingerir medicamentos sem aconselhamento ou acompanhamento de um profissional qualificado, ou seja, um médico, causando risco ao próprio individuo.

A cultura da automedicação, somadas com a propaganda boca a boca, expõe inúmeras pessoas ao perigo. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em 2008, relata que 30% dos pacientes internados em UTI, conseguem absorver os princípios ativos que necessita, isso porque o uso incorreto de substâncias durante vários anos da vida, perturbando o sistema imunológico, facilitando assim as intoxicações, hipersensibilidade e resistência dos organismos nocivos. Em 2004, o Brasil era o quarto país na venda de medicamentos. Os medicamentos são comprados por indicações de amigos, propagandas, revista, internet, e muitas vezes por indicação do balconista. As famílias hoje não deixam faltar em casa, antitérmicos, antiinflamatórios e analgésicos, tomando sempre que acham necessários, sem qualquer tipo de orientação. Por trás deste ato, aparentemente tolo e sem conseqüências está um problema em potencial para sua saúde. Paracelso, que viveu de 1493 a 1541, já afirmara que “a dose correta é que diferencia um veneno de um remédio”. Por isso uma dose acima da indicada, administrada por via inadequada (via oral, intramuscular, retal...) ou sem uso para fins não indicados, podem transformar um inofensivo remédio em um tóxico perigoso. Embora a existência de efeitos adversos seja tão antiga quanto a própria utilização de determinada substância, somente a partir da segunda metade do século, é que a preocupação com os efeitos adversos dos medicamentos tornou-se um alvo freqüente das pesquisas dos laboratórios governamentais e das indústrias farmacêuticas.

Outro problema relacionado à automedicação é a famosa interação medicamentosa. Mas afinal, o que é isto. Simples, quando medicamentos são administrados juntos, eles podem interagir de três formas básicas, a saber: um pode potencializar a ação de outro, pode ocorrer também a perda de efeitos por ações opostas ou ainda a ação de um medicamento alterando a absorção, transformação no organismo ou a excreção de outro fármaco. Às vezes, sintoma algum aparece, mas complicações podem ocorrer e quando isso ocorre é das formas mais inesperadas possíveis.